Ética hacker é uma nova ética surgida de comunidades virtuais ou cibercomunidades. Um dos seus grandes criadores foi o finlandês Pekka Himanen.

Nos tempos modernos a ética hacker é basicamente:

1. Acreditar que o compartilhamento de informacões beneficia a sociedade como um todo. Portanto os hackers compartilham suas experiências e programam software livre, facilitando o acesso à informacão e os recursos disponíveis para computadores sempre que possível. A máxima hacker é "A informação quer ser livre". Este conjunto de crenças deriva em parte do pensamento de Buckminster Fuller, o qual proferiu certa vez que "A verdadeira riqueza é a informação e saber como utilizá-la".

2. Acreditar que penetrar em sistemas por diversão e exploracão é eticamente aceitável , desde que não cometa roubo, vandalismo ou quebre a confidencialidade. (Esse princípio não é unânime, alguns consideram a simples invasão uma ação não ética.)

Himanen, em sua obra Á ética do hacker e o espírito da era da informação (que contém um prólogo de Linus Torvalds e um epílogo de Manuel Castells), comenta sobre resgatar o sentido original do termo 'hacker'. Segundo Himanen, um hacker não é (como se acredita comumente) um delinqüente, vândalo ou um pirata da informática com grandes conhecimentos técnicos (este é o cracker), mas sim todo aquele que trabalha com grande paixão e entusiasmo pelo que faz. Podendo o termo hacker ser utilizado para outras áreas, por exemplo, a da ciência.

Aulas de Ética Hacker (inclusive sobre Himanen) foram liberadas através da licença Creative Commons.

Hacker whitehat (chapéu branco), por vezes chamado de "hacker ético", é aquele que ajuda corporações a verificar se os sistemas de informação e as redes são efetivamente seguros.

O acesso a computadores - e qualquer outro meio que seja capaz de ensinar algo sobre como o mundo funciona - deve ser ilimitado e total.

Esse preceito sempre se refere ao imperativo "mão na massa". Isto é, se um hacker precisa enviar várias mensagens para celulares sem pagar, ao invés de entrar várias vezes na interface web e enviar uma mensagem por vez, ele descobrirá como a interface web funciona e fará um programa automático para o envio de mensagens de forma mais ágil e com menos desperdício de tempo.

Toda a informação deve ser livre.

Na sociedade de consumo de hoje, tudo é transformado em mercadoria e vendido. Isso inclui a informação. Mas a informação, só existe na mente das pessoas. Como não possuo a mente de outra pessoa, não posso comercializar informações. Uma analogia semelhante é a do velho índio Chefe Touro-Sentado ao dizer "a terra não pode ser possuída". O hacker busca a informação diariamente e tem prazer em passá-la para quem quer "pensar" e "criar" coisas novas.

Desacredite a autoridade e promova a descentralização.

Um hacker não aceita os famosos argumentos de autoridade e não acredita na centralização como forma ideal de coordenar esforços.

Hackers devem ser julgados segundo seu hacking, e não segundo critérios sujeitos a vieses tais como graus acadêmicos, raça, cor, religião ou posição.

Essa é a base da meritocracia. Se você é bom mesmo, faça o que você sabe fazer e os demais o terão em alta conta. Não apareça com diplomas e certificados que para nada mais servem além de provar que você não sabe do que está falando e tenta esconder esse fato.Isso também pode ser visto num dos documentos de maior expressão das cultura hacker de todos os tempos: o Manifesto Hacker, publicado no e-zine Phrack 7 em 1986 por The Mentor logo após ele ter sido preso: "[...] Sim, eu sou um criminoso. Meu crime é o da curiosidade. Meu crime é o de julgar as pessoas pelo que elas dizem e pensam, não pelo que elas se parecem. [...]"

Você pode criar arte e beleza no computador.

Hacking é equivalente a uma arte e criatividade, uma boa programação é uma arte única, que possui a assinatura e o estilo do hacker.

O importante quando se pensa em "hackers" é diferenciar o programador do especialista em segurança, pois o termo hacker tem varias origens alguns autores afirmam que o termo hacker vem de hack que é um verbo e inglês outros afirmam que o termo vem do MIT ou de outras universidades onde começou a ser desnvolvida a informatica.

O hacker tem por função desenvolver projetos de informática e tecnologia. Assim, não deve ser chamado de criminoso porque ele desenvolve, cria e distribui conhecimento. Ele tem ética, tem conhecimento e vontade de aprender mais. A decisão sobre o uso do conhecimento é da inteira rensponsabilidade de cada um.